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Arquidiocese de São Luís encerra 32ª AAP com Carta ao Povo de Deus e abertura do ano Vocacional

Atualizado: 22 de nov. de 2022

Foram três dias de programação com formações, missas e Carta que trata da retomada do plano de pastoral interrompido em 2020 e 2021, em virtude da pandemia da Covid-19



32ª Assembleia da Arquidiocese de São Luís do Maranhão finalizou com Carta ao povo de Deus. Foto: Ribamar Carvalho

Encerrou na manhã desse domingo, 20/11, com missa de envio presidida por dom Gilberto Pastana, a 32ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral (AAP), que reuniu 183 delegados, das 10 Foranias que formam a Arquidiocese de São Luís do Maranhão, para refletirem sobre o tema “Comunidades Eclesiais Missionárias”.


A 32ª AAP aconteceu em São Luís (MA), na Casa de Retiro Oásis, Anil, de 18 a 20 de novembro, sob a presidência do arcebispo, dom Gilberto Pastana, e da Equipe de Pastoral da Arquidiocese, coordenada pelo padre Jadson Borba, da Ação Evangelizadora Missionária.


Além dos participantes, 103 pessoas compuseram a equipe de serviço da 32ª AAP, distribuídas em 22 serviços, com objetivo de garantir o melhor aproveitamento da Assembleia.


Ano Vocacional

Abertura do 3º Ano Vocacional. Foto: Ribamar Carvalho

Na programação, além das orações e missas, foram ministradas três formações, correspondentes ao método do VER, JULGAR e AGIR, que serviram de base para os trabalhos em grupo, e foram transmitidas pelo canal do YouTube da Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Na missa final do encontro, celebrou-se também o encerramento do ano litúrgico e início do Ano Vocacional 2023, onde dom Gilberto fez o envio dos participantes às suas respectivas comunidades eclesiais missionárias.


Nesta edição, a 32ª AAP ganha o apoio da Carta ao Povo de Deus, que tem por objetivo motivar os fieis na colaboração quanto a execução do Plano de Pastoral (PP). Esse último, deverá ser construído com a condução do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), que deverá se basear na síntese da escuta sinodal e na síntese das plenárias. Síntese que, por sua vez, é resultado das escutas e discussões em grupo durante a 32ª AAP.


Sobre a Carta ao Povo de Deus

A Carta ao Povo de Deus é composta por seis parágrafos que situam os destinatários sobre a retomada do Plano Pastoral interrompido nos anos de 2020 e 2021, realiza um resgate do conceito de Comunidade Eclesial Missionária, e dos quatro pilares do último Plano Pastoral, inspirado nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelização da Igreja (DGAE), 2019-2023, e abordado na última 31ª AAP, realizada em 2019: Pão, Palavra, caridade e missão.


Lembrou também a atitude de estado permanente de missão, que pede como condição o diálogo, a participação e casa/comunidade. Reforçou a opção preferencial pelos mais pobres, que nesse contexto de pandemia têm aumentado seus sofrimentos, e por isso mesmo, precisam e ajuda no resgate da "esperança e sentido da vida".


"Que as decisões tomadas aqui sejam de fato concretizadas na ação evangelizadora desenvolvida por cada um de nós, a fim de que haja crescimento de todos", pontua o arcebispo na carta.


Sobre o Conselho Arquidiocesano de Pastoral

O Conselho Arquidiocesano de Pastoral é uma ferramenta de missão e gestão que, até então, não existia na realidade da Igreja local de São Luís do Maranhão. Trata-se de um organismo consultivo, que tem por finalidade coordenar e ajudar a dinamizar a ação evangelizadora na Arquidiocese.


Esse trabalho era exercido por uma Equipe de Pastoral, que é coordenada pelo arcebispo, dom Gilberto Pastana, e composta pelo padre Jadson Borba, coordenador arquidiocesano da Ação Evangelizadora Missionária, ainda pelo padre Flávio Colins, Reitor do Santuário Nossa Senhora de Nazaré, pelo diácono permanente José de Ribamar Castro, irmã Rosa Kipper, e pelas leigas Eugênia Colins e Vera Brito.


Ao final da missa de envio, dom Gilberto agradeceu a dedicação e entrega dos integrantes da equipe, que devem continuar o trabalho exercido até a formação do Conselho Arquidiocesano de pastoral.


A primeira reunião do CAP será no dia 18 de março de 2023. Antes disso, para ajuda da construção do Plano Pastoral, os vigários foraneos devem encaminhar ao Arcebispo os regimentos de suas Foranias e os seus respectivos calendários de atividades. As coordenações arquidiocesanas de expressões eclesiais (movimentos, pastorais e novas comunidades) também deverão encaminhar seus calendários de ações em nível de arquidiocese.


Dessa forma, poderá ser construído um planejamento e organização, não baseado em agendas e datas, mas, em vista das prioridades elencadas pelas lideranças ouvidas na 32ª AAP. Ainda sobre a Assembleia e como auxílio para a construção das próximas, foi aplicado no final da AAP um questionário de avaliação, que deverá contribuir com melhorias na próxima Assembleia, em 2023.


Após a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, a Carta ao povo de Deus, assim como as demais decisões resultantes da Assembleia, devem chegar a todos os fieis da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, a fim de que, uma vez cientes dos acontecimentos, possam auxiliar os padres e as suas respectivas comunidades eclesiais missionárias.


Leia a Carta ao Povo de Deus na íntegra:


“Aproximou-se dele e cuidou de suas feridas” (Lc 10, 34).


Caríssimos/as, irmãos e irmãs! Saudações de Graça e Paz da parte do Cristo ressuscitado!


Nós, cristãos, arcebispo, presbíteros, diáconos permanentes, religiosos e religiosas, seminaristas, leigos e leigas, reunidos na XXXII Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, na Casa de Retiro Oásis, no período de 18 a 20 de novembro de 2022, queremos expressar nossa alegria e esperança nessa retomada do plano de pastoral interrompido em 2020 e 2021, em virtude da pandemia da Covid-19. Louvamos a Deus por este momento fecundo, expressão da sinodalidade de nossa Igreja, que existe para ajudar as pessoas a assumirem em suas vidas os valores do Evangelho.


Refletindo sobre a Comunidade Eclesial Missionária, primeiro e fundamental núcleo eclesial (Cf. Medellin 15,10), com seus quatro pilares (Pão, Palavra, Caridade e Missão), retomamos as decisões da Assembleia de Pastoral de 2019, bem como a síntese da escuta sinodal realizada entre 2021 e 2022, em todas as paróquias de nossa Arquidiocese. Esse ponto de partida faz-se importante nesse processo de avaliação da nossa caminhada eclesial, uma vez que nos ajuda a perceber as nossas forças e fraquezas como comunidade de fé, os novos desafios que nos são apresentados e, diante disso, buscar luzes a partir do Evangelho para dar respostas eficazes aos nossos tempos.


Como Igreja, temos consciência de que nossa missão é permanente, sempre em atitude de saída às periferias eclesiais, sociais e existenciais. A ação evangelizadora tem como finalidade a transformação da pessoa e da sociedade e exige três condições imprescindíveis: diálogo, que supõe reflexão coletiva; participação, para a comunhão, igualdade e solidariedade; e casa/comunidade, onde se dá a partilha das experiências da vida.


Na certeza de que caminhamos acompanhados pelo Cristo ressuscitado, o qual nos ajuda a ler e a escutar a realidade, retomemos nossos trabalhos pastorais desafiados a estar ao lado de todos os irmãos e irmãs, sobretudo, daqueles que são fustigados por diversos tipos de sofrimento. Nessa situação, não podemos esquecer as famílias enlutadas em virtude de terem perdido seus entes queridos, vítimas da pandemia da Covid-19. De modo particular, aqui fazemos memória dos padres José Bráulio Ayres e João Dias Rezende, do diácono permanente Afonso José Bezerra, do sr. Edmilson Barbosa (coordenador do Terço dos Homens), em nome dos quais, nos solidarizamos com todos. É importante também que não fechemos nossos olhos para a situação desesperadora dos que estão desempregados e passam fome e encorajemos aqueles que perderam a esperança e o sentido da vida.


Para nós da Arquidiocese de São Luís, essa Assembleia é motivo de ânimo e de estímulo às nossas comunidades eclesiais. Esperamos que todas as decisões tomadas aqui, que exigem nosso compromisso, sejam de fato concretizadas na ação evangelizadora desenvolvida em nossas paróquias, a fim de que haja crescimento de todos. Roguemos a Deus nosso Pai misericordioso que nos ajude a ficar sempre ao lado dos que se empenham em defesa da vida, que lutam contra todo tipo de discriminação e intolerância, que colaboram na construção da paz e da justiça, como pressupostos para a existência de um mundo mais fraterno e cheio de amor onde todos tenham vida em abundância (Cf. Jo 10,10) rumo ao Reino definitivo.


Peçamos a intercessão de Maria, mãe de Jesus e da Igreja, discípula missionária, que nos acompanhe nessa caminhada.


São Luís, 20 de novembro de 2022.

Dom Gilberto Pastana de Oliveira

Arcebispo de São Luís do Maranhão


Baixe a Carta ao povo de Deus, aqui.


Com informações da assessoria de comunicação da arquidiocese de São Luís do Maranhão.

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