Sábado, 21 de maio, de 8h às 16h, aconteceu IV Encontro de Formadores do Dízimo do Regional Nordeste 5, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro da Cohab, em São Luís (MA). Ao todo, 31 participantes, entre eles representantes das dioceses de Brejo, Bacabal, Caxias, Coroatá e da Arquidiocese, que também contou com a presença de dom Gilberto Pastana, arcebispo metropolitano e assessoria de José Carlos Silva, da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.
Em sua fala aos formadores o arcebispo falou sobre sua experiência com a Pastoral do Dízimo, antes de ser sagrado bispo e relatou também sua experiência de administração nas dioceses de Imperatriz (MA) e em Crato (CE).
"Administrei paróquias onde abrimos mão de ações de venda na época de festejos, para nos dedicarmos apenas à parte espiritual do festejo, pois o dízimo sozinho sustentava a paróquia", relatou dom Gilberto.
José Carlos, formador oficial do encontro, integrante da Pastoral do Dízimo na Arquidiocese, pertencente a paróquia Santo Antônio, Parque Vitória, falou sobre as três principais dimensões do Dízimo: amor, agradecimento e fé.
“O dízimo começa quando o homem reconhece que tudo o que ele tem vem de Deus e graça de Deus”, afirmou José Carlos, um dos formadores do encontro, lembrando que, na bíblia sagrada, por exemplo, tem aproximadamente 47 citações sobre o dízimo e a maioria no AT (Antigo Testamento). Neste sentido, o dízimo não deve ser comparado com meras questões financeiras. O dízimo deve ser compreendido como um agradecimento por tudo o que já se recebeu.
"Contribuímos com gratidão e com amor, quando entendemos o dia de dar o dízimo é um dos dias mais felizes de nossas vidas. Quem age assim, a equipe do Dízimo é o primeiro lugar que procura quando vai à igreja. E vai rezar e agradecer a Deus: ‘Meu Senhor, quero te agradecer porque eu posso te dar meu dízimo. Quantos irmãos meus não têm como contribuir, pelo desemprego, por doença, por situações adversas e não podem. E eu posso, Senhor’", ilustrava a situação José Carlos.
Desafios
Um dos maiores desafios da Pastoral do Dízimo é desmistificar o pensamento popular de que dízimo é dinheiro. Muito pelo contrário, dízimo é amor. Neste sentido, a primeira expressão do dízimo é gratidão, a segunda é amor, e a terceira é a fé.
Na década de 1970, surgiu o primeiro documento sobre o dízimo no Brasil, que completará em breve 50 anos. Desde então, há a necessidade de fazer com que os fiéis compreendam da valiosa contribuição que podem ofertar à igreja com seus recursos.
Apenas neste ano se implantou o sistema canônico em São Luís, e a partir dele poderá levantar dados sobre o caminhar paroquial, e principalmente sobre o quantitativo de dizimistas. Além disso, os agentes presentes levantaram a bandeira de que se faz necessário uma organização nas paróquias, a fim de identificar as que ainda não possuem a pastoral ou as que estão inativas.
"Não basta apenas saber quem está em falta com sua contribuição. Às vezes, a pessoa não contribui pois está desempregada e a Pastoral precisa ajudar", lembrou dom Gilberto Pastana.
Oportunidades
Uma ação necessária e apontada também pelo epíscopo é a de envolver o Conselho Paroquial e as outras pastorais e juntas a construírem um planejamento, afinal, o trabalho é eclesial, não é individual, é da Igreja.
Os agentes da Pastoral do Dízimo devem ter, sobretudo, a consciência de que o trabalho é de evangelização, e não por dinheiro.
Após retorno às suas respectivas dioceses, os formadores da pastoral do Dízimo agora devem realizar o trabalho de multiplicação do conhecimento apreendido nesse sábado.
Ao final do encontro, os participantes deixaram um recado para todos os fiéis do Regional Nordeste 5, confira:
Com informações e fotos: Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de São Luís.
Edição: Ariana Frós - Assessoria de Comunicação Regional Nordeste 5
Comments