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59ªAGCNBB: são 292 bispos unidos em Assembleia para a reflexão e oração



A 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil iniciou com a Santa Missa no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), no domingo (28). A celebração foi presidida por dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (BH) e presidente da CNBB. Com ele também estava dom José Valdeci Mendes, bispo do Regional Nordeste 5 e referencial para a ação sociotransformadora da CNBB.


Já reunidos no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida, no primeiro dia de plenária, o Regional Nordeste 5 conta com a presença de um número significativo de bispos, com a participação dos bispos eméritos: dom Ricardo Paglia, bispo emérito da diocese de Pinheiro-MA, e dom José Belisário da Silva, bispo emérito da arquidiocese de São Luís.


Na oportunidade, dom José Valdeci, destacou a 6ªSSB, o Grito dos Excluídos, pontuando as resistências das comunidades tradicionais, movimentos populares ao sistema cruel vigente no Brasil. Ressaltou o Grito que vem do meio ambiente, dos empobrecidos...das águas e da terra!


Cerimônia de abertura

Na cerimônia de abertura, na manhã do dia 29, dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (BH) e presidente da CNBB, ressaltou que os 292 bispos unidos em Assembleia para a reflexão e oração confirmam a vocação da Igreja de anunciar o Reino de Deus no coração do mundo.


Os 70 anos da CNBB, comemorados em 2022 e celebrados também durante os dias da AG, foram destacados por dom Walmor que, ao fazer memória das sete décadas da Conferência Episcopal, lembrou de “figuras ilustres”, os cristãos leigas e leigas, religiosos e religiosas, padres assessores e bispos que se dedicaram na construção da história: “os que nos precederam e que já partiram deste mundo, e os que continuam conosco, nos introduziram na experiência sinodal”, afirmou.


Análise da conjuntura eclesial

Pela manhã, as atividades da AG contaram ainda com uma análise da conjuntura eclesial. Apresentada pelos padres Geraldo de Mori e Danilo Pinto, do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), a reflexão evidenciou o cenário interno e externo da Igreja no viés do pentecostalismo e da evangelização. A atual ação dos pentecostais no processo de urbanização e também na atração do mundo juvenil e o empoderamento das mulheres foram refletidos pelos bispos.


“Exigências éticas, justiça social e democracia”

Este foi o título da Análise de Conjuntura Social apresentada ao episcopado brasileiro durante a primeira sessão da 59ª Assembleia Geral da CNBB. A análise foi inspirada no Documento 42 da CNBB cujo título é “Exigências da Ordem Democrática” e apresentada pelo bispo de Carolina (MA), dom Francisco de Lima Soares, coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB, como provocação ao episcopado.



No texto, a equipe considerou todo o contexto de um segundo semestre do ano com eleições gerais no Brasil, em um ambiente mundial e regional de muitas tensões, além da erosão da democracia e da qualidade de vida da população.


Confira a Análise na íntegra, aqui.


Campanha Junho Verde

A Campanha Junho Verde é “assunto importantíssimo que precisamos compreender com responsabilidade para uma ação missionária em nossos regionais”, afirmou dom Walmor.


O presidente da CNBB motivou os bispos a assumirem a campanha em suas realidades locais e sugeriu alguns passos para a promoção da iniciativa que virou lei após sugestão da CNBB ao Poder Legislativo. A indicação é que sejam procurados os poderes legislativos estaduais e municipais para uma possível regulamentação, se necessária, e também para a realização de alguma atividade da campanha, principalmente na rede de educação pública.


Outra proposta aos bispos é viabilizar nas arquidioceses e dioceses uma programação para o mês de junho que priorize a campanha. Às Comissões Episcopais e Organismos, dom Walmor indica que os planejamentos de 2023 contemplem ações relativas.


O objetivo da Campanha Junho Verde, segundo o texto sancionado, é “desenvolver o entendimento da população acerca da importância da conservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos e do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais, para as presentes e futuras gerações”.


Votações da tradução do missal

Após a apresentação da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel), que explicou o processo da última etapa de consultas em vista da aprovação final da tradução brasileira da terceira edição do Missal Romano, os bispos anotaram seus votos, contabilizados pela equipe de escrutínios.



Dos 266 votantes presentes na etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, eram necessários 216 votos para aprovação de acordo com as normas vigentes na Conferência. 265 bispos aprovaram a tradução do texto. Houve 1 abstenção na votação geral.


Ainda haverá um segundo bloco de votações referentes ao Missal no decorrer da assembleia.


Tema central e os desafios da Igreja

O tema central de uma Assembleia Geral da CNBB é tradicionalmente algo que expressa uma resposta aos desafios que a Igreja está vivendo. Conforme dom José Altevir da Silva, bispo de Tefé (AM), o tema desta 59ª Assembleia Geral é composto por uma série de elementos fundamentais, que são a sinodalidade, a comunhão e a missão. Para ele, o tema é também um desafio para compreender a profundidade das Comunidades Eclesiais Missionárias: “A Igreja é por natureza missionária e é fundamental que tomemos consciência disso”, alertou dom José Altevir.


A temática refletida por este grupo propõe à Igreja do Brasil um olhar mais amplo para a sua ação sugerindo um processo diferente para a construção das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) que se iniciou neste ano e se estenderá até 2024, em um processo de escuta, discernimento e ação.



Coletiva

O tema central da 59ª Assembleia Geral da CNBB “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão” foi a pauta principal da primeira Coletiva de Imprensa da AG CNBB na tarde desta segunda-feira, 29 de agosto, em Aparecida (SP). O momento foi conduzido pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB e bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovani Mol, e contou com a participação dos membros da Comissão do Tema Central da 59ª AG CNBB, o arcebispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Brustolin, e o bispo de Tefé (AM), dom José Altevir da Silva.


*Com informações da Ascom 59ª AG CNBB. Fotos de Martha Bispo e Ascom 59ª AG CNBB.


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