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59ª AG 2022: CNBB inicia sua 59ª Assembleia Geral nesta segunda, 25



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou, nesta manhã, a primeira etapa de sua 59ª Assembleia Geral, de forma virtual. Mais de 300 bispos estão conectados via plataforma Zoom para o encontro. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, abriu a assembleia situando o encontro no horizonte celebrativo dos 70 anos de criação da Conferência Episcopal e dos 15 anos da Conferência de Aparecida, além do processo sinodal vivido pela Igreja.


O presidente da CNBB destacou o tema central do encontro deste ano: “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”, para “resgatar aquilo de mais genuíno e forte que é a identidade missionária da nossa Igreja”. Tal reflexão será feita, segundo dom Walmor, “retomando sempre o horizonte inspirador e interpelante do documento de Aparecida nesses 15 anos da celebração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho”.


Documento de Aparecida


Na segunda sessão da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde da segunda-feira, 25 de abril, representantes do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (Inapaz), organismo ligado à entidade, apresentaram a análise de conjuntura eclesial com o tema: “Aparecida 15 anos depois: contribuições, perspectivas e desafios”.


O objetivo, segundo o secretário-executivo do Inapaz e assessor da Comissão de Cultura e Educação da CNBB, padre Danilo Pinto, foi refletir de que forma as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008 – 2023) recepcionaram o Documento de Aparecida (2007), fruto da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano. A análise apresentada fez também um diagnóstico do documento, em sua metodologia e conteúdo, apontando os principais pontos apresentados para a caminhada da Igreja na América Latina.


No documento de Aparecida, de acordo com o padre Danilo, sobressaiu um olhar do discípulo missionário, fruto da influência do então cardeal Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, que coordenou a comissão de redação da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano.


O arcebispo de Brasília (DF) e referencial do Inapaz, dom Paulo Cezar Costa (foto acima), destacou que o documento de Aparecida já apontava uma “uma mudança de época, com transformações em seu nível mais profundo que é no campo cultural” e que marcou profundamente a Igreja. Nestes quinze anos, de acordo com o arcebispo, aconteceram grandes transformações no mundo e no Continente Latino-Americano e Caribenho.


A comunicação no processo eleitoral de 2022


O último assunto em pauta no período da manhã tratou sobre a comunicação no processo eleitoral de 2022. O assunto foi abordado, em cerca de vinte minutos de exposição, pelo professor emérito da Universidade de Brasília e membro do Observatório de Comunicação religiosa da Igreja no Brasil, Venício Lima.


O professor Venício partiu do pressuposto do compromisso comum com a democracia, recordando que ela é um regime político caracterizado pela soberania popular com isonomia (direitos iguais de todas as pessoas perante a lei) e isegoria (direito à palavra e liberdade de expressão).


Em seguida, ele aprofundou sobre a questão de como o Brasil vive a democracia, ressaltando que o país ainda é inexperiente nesse âmbito, devido a uma série de questões históricas, dentre as quais estão os meios de comunicação social, com uma grande responsabilidade.


Projeto Encantar a Política


Contribuir para a formação da consciência do eleitor brasileiro, por meio de um processo que o leve a uma leitura crítica e para uma cidadania ativa. É com este objetivo que o Conselho Nacional do Laicato no Brasil (CNLB), em parceria com outros organismos, preparou o caderno “Encantar a política”, apresentado na tarde desta segunda-feira (25), em coletiva de imprensa, pelo presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo da diocese de Tocantinópolis (GO), dom Giovane Pereira de Melo.


De acordo com o prelado, a iniciativa vai para além das eleições 2022. “Este é um projeto de formação política permanente, que nós desejamos que contribua durante as próximas eleições”, disse dom Giovane, destacando que o processo tem ainda um longo caminho a ser percorrido, por se tratar de um amplo projeto de formação. Desenvolvido por muitas mãos, o texto do “Encantar a política” é inspirado nas encíclicas do Papa Francisco: “Evangelli Gaudium”, “Laudato Si” e Fratelli Tutti”.


“O projeto é um trabalho feito em mutirão. São muitos leigos e leigas, a partir de compromissos de engajamento em movimentos sociais, em organizações sociais da Igreja e em organismos de serviço, que se propõem, de modo muito qualificado, a apresentar e a contribuir com a cidadania. Há, também, uma presença muito forte e marcante dos nossos pastores através do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) e do Conselho Permanente, que contribuíram e aprovaram esse projeto”, afirmou dom Giovane.


Durante a coletiva, dom Geremias apresentou a Cartilha de Orientação Política 2022 produzida pelo regional Sul 2. O material reflete o tema “a política melhor” e, conforme explicou o arcebispo, é fruto de um longo caminho de reflexão política no Paraná.


“Desde 2008 o Regional Sul 2 produz uma cartilha para ajudar na conscientização do povo sobre a questão política. Muitos temas fundamentais já foram trabalhados pelos materiais, como a venda de votos e as polarizações por exemplo”, explicou.


Dom Geremias falou também sobre o papel da Igreja nas eleições e abordou a temática das fake news. “As fake news não são apenas mentiras. São, na verdade, verdadeiras ameaças à democracia. É uma mentira trabalhada para favorecer candidatos que não têm boas propostas ou que têm atuações duvidosas na sociedade. Este é um problema que precisa ser combatido. Temos que trabalhar sempre com a verdade, porque ela nos libertará”, destacou dom Geremias.


A 59ª Assembleia Geral da CNBB segue até sexta-feira, dia 29 de abril, na modalidade on-line.


Com informações da Equipe de Comunicação da 59ª Assembleia Geral da CNBB.

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