Papa ao PIME: retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral
- comunicacao472
- 20 de mai. de 2019
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Francisco recordou que este ano celebram-se os cem anos da promulgação da Carta Apostólica Maximum illud com a qual o Papa Bento XV “quis dar novo impulso à responsabilidade missionária de anunciar o Evangelho”.
Cidade do Vaticano
“Os seus primeiros campos de missão foram na Oceania, Índia, Bangladesh, Mianmar, Hong Kong e China. A semente escondida debaixo da terra produziu muitos frutos de novas comunidades, de dioceses que nasceram do nada, de vocações sacerdotais e religiosas que germinaram pelo serviço da Igreja local. Depois da II Guerra Mundial vocês foram para o Brasil, na Amazônia, Estados Unidos, Japão, Guiné-Bissau, Filipinas, Camarões, Costa do Marfim, Tailândia, Camboja, Papua Nova Guiné, México, Argélia e Chade”, frisou o Papa.
Mártires do PIME
“A sua história é marcada por uma trilha luminosa de santidade em muitos de seus membros, em alguns reconhecida oficialmente pela Igreja”, disse Francisco, recordando os mártires Santo Alberico Crescitelli, o beato Giovanni Battista Mazzucconi, o beato Mario Vergara, e os confessores o Beato Paolo Manna e o Beato Clemente Vismara.
“Dentre os seus missionários há 19 mártires que deram suas vidas por Jesus em nome de seu povo, sem reservas e sem cálculos pessoais."
“ Vocês são uma ‘família de apóstolos’, uma comunidade internacional de sacerdotes e leigos que vivem em comunhão de vida e atividade. ”
“É somente a partir de Cristo que nossa vida e nossa missão fazem sentido, porque «não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados», disse Francisco, recordando um trecho da Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi sobre a Evangelização no mundo contemporâneo de São Paulo VI, que resume o sentido da vida e vocação dos missionários do PIME.
“Evangelizar é a graça e a vocação própria de seu Instituto, a sua identidade mais profunda. No entanto, essa missão, é sempre bom enfatizar, não lhes pertence, porque brota da graça de Deus: «A primeira palavra, a iniciativa verdadeira, a atividade verdadeira vem de Deus e só inserindo-nos nesta iniciativa divina, só implorando esta iniciativa divina, podemos nos tornar também, com Ele e n’Ele, evangelizadores», disse o Papa citando um trecho da sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium.
Despertar a consciência da missio ad gentes
A seguir, Francisco recordou que, este ano, celebram-se os cem anos da promulgação da Carta Apostólica Maximum illud com a qual o Papa Bento XV “quis dar novo impulso à responsabilidade missionária de anunciar o Evangelho”
“Como vocês sabem, para comemorar este aniversário, convoquei o Mês Missionário Extraordinário, em outubro próximo, sobre o tema: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”. A finalidade dessa iniciativa é “despertar em medida maior a consciência da missio ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral. Vocês missionários são os protagonistas desse aniversário, a fim de que seja ocasião para renovar o impulso missionário ad gentes, de modo que toda a sua vida, seus programas, seu trabalho e suas estruturas extraiam da missão e da proclamação do Evangelho a seiva vital e critérios de renovação.”
Colocar a missão no centro
O Papa sublinhou que o PIME está procurando, na medida do possível, colocar a missão no centro, pois esta foi a urgência missionária que fundou o Instituto e continua a moldá-lo.
“Vocês estão convencidos disso e escolheram as palavras de São Paulo ‘Ai de mim se eu não pregar o evangelho’, como guia e inspiração.” Segundo o Pontífice, à luz dessas palavras, o organismo trabalhou “para compreender novamente a missão ad gentes, reafirmar a primazia da única vocação missionária tanto para os leigos quanto para os sacerdotes, escolher os âmbitos da missão, definir a animação vocacional como atividade missionária, verificar o seu ser comunidade e repensar a organização do PIME de hoje e de amanhã”.
“Não tenhamos medo de fazer, com confiança em Deus e muita coragem, uma escolha missionária capaz de transformar todas as coisas, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda estrutura eclesial se tornem um canal adequado para a evangelização do mundo atual”, concluiu Francisco.
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