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Por que a economia brasileira está estagnada, apesar de nossas imensas potencialidades?



O Grupo de Análise de Conjuntura da CNBB Padre “Thierry Linard” divulgou nesta quarta-feira (22) um diagnóstico sobre a economia brasileira. Reconhecido como país da abundância, o Brasil oferece um cenário de “extrema escassez” para a vida da imensa maioria das pessoas, “marcada por desemprego, fome, juros elevados, inflação alta e falta de atendimento aos direitos sociais previstos no artigo 6º da Constituição Federal”.


O problema, de acordo com a análise, está na distribuição dos recursos. Com a contribuição de economistas ligados a Pontifícias Universidades Católicas do Brasil, o Grupo de Análise de Conjuntura Padre Thierry Linard apontou para compreensão do cenário os eixos que sustentam o modelo econômico brasileiro: modelo tributário regressivo, no qual os pobres pagam proporcionalmente mais tributos; o sistema da dívida, que transfere recursos públicos para bancos e aplicadores do mercado financeiro em detrimento dos investimentos importantes para a sociedade; a política monetária, com juros altos e mecanismos nocivos; e a exploração de recursos naturais voltada para a exportação de commodities, com lucros extraordinários para as grandes corporações transnacionais.


Apesar das imensas riquezas aqui existentes, o posicionamento decrescente do Brasil em comparação às demais economias, assim como a degradação no atendimento dos direitos sociais e o nosso atraso socioeconômico não é obra de mero acaso, mas decorre do modelo econômico que atua no país.


O texto é de autoria de dom Francisco Lima Soares, bispo de Carolina – MA, juntamente com sacerdotes e pesquisadores da área. O texto foi apresentado durante reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida na manha desta quarta (22/06).

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