Uma delegação de 100 membros da Ordem, a maior organização de católicos do mundo que atua principalmente pela caridade cristã, está em peregrinação por Roma. Em audiência nesta segunda-feira (10), no Vaticano, Francisco fez referência à missão universal dos Cavaleiros de Colombo em ajudar quem mais precisa, numa “inspiração importante para superar a globalização da indiferença e construir uma sociedade mais justa e inclusiva”.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira (10), na Sala Clementina, no Vaticano, os membros do Conselho Administrativo dos Cavaleiros de Colombo. A delegação, composta por cerca de 100 pessoas, foi recebida depois de uma audiência com o cavaleiro supremo, o professor Carl Anderson, que conduz o grupo em peregrinação a Roma, no ano que marca o centenário das atividades de caridade dos Cavaleiros de Colombo na cidade.
Cavaleiros que constroem pontes de fé
A ordem de cavalaria foi fundada sob os princípios da caridade, da unidade e da fraternidade em 1882, por Pe. Michael McGivney, vice-pároco da Igreja de Santa Maria na cidade de News Haven, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, junto a um grupo de fiéis. Atualmente, com quase 2 milhões de membros, é considerada a maior organização de católicos do mundo empenhada, sobretudo, em demonstrar através da beneficência um das formas para expressar a fé católica.
O reconhecimento do Papa
No discurso, o Papa fez referência justamente à ajuda humanitária oferecida “aos jovens e a outras pessoas de Roma, em sequência ao primeiro terrível conflito mundial”, a convite de Bento XV:
“Os Cavaleiros responderam com generosidade, fundando centros esportivos para a juventude que rapidamente se tornaram lugares para a instrução, a catequese e a distribuição de comida e de outros bens essenciais, tão necessários naquele período. Dessa forma, a Ordem de vocês se demonstrou fiel ao ideal do fundador, o Venerável Michael McGivney, que foi inspirado pelos princípios da caridade cristã e da fraternidade em ajudar os mais necessitados.”
Fiel testemunho cristão ao ajudar o Oriente Médio
Francisco, então, também ilustrou e agradeceu o trabalho realizado pela Ordem através de obras de caridade evangélica em diferentes setores. Uma das iniciativas dos Cavaleiros diz respeito, por exemplo, à doação de 1 milhão de dólares para ajudar os cristãos perseguidos no Oriente Médio no ano de 2018. Essa é uma das maneiras de enxergar os irmãos “perseguidos e deslocados daquela região”, disse o Papa, num “sinal de infinito amor de Deus”.
“Penso, em especial, ao fiel testemunho de vocês em relação à sacralidade e à dignidade da vida humana, seja em nível local que nacional. Essa convicção inclusive os conduziu a apoiar, seja materialmente e espiritualmente, as comunidades cristãs do Oriente Médio que estão enfrentando os efeitos da violência, da guerra e da pobreza.”
Cavaleiros de Colombo são inspiração à juventude
Antes da bênção final e de assegurar orações aos membros e aos familiares da Ordem divididos em grupos no mundo inteiro, o Papa enalteceu a demonstração “incondicional” de devoção ao Sucessor de Pedro e disse:
“A criação do Fundo Vicarius Christi é um testemunho disso, assim como o desejo de participar à solicitude do Papa por todas as Igrejas e à sua missão universal de caridade. No nosso mundo, marcado pelas divisões e desigualdades, o empenho generoso de vocês em servir todos os necessitados oferece, especialmente aos jovens, uma inspiração importante para superar a globalização da indiferença e construir juntos uma sociedade mais justa e inclusiva.”
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