Em sua 29ª edição, o Grito dos Excluídos e Excluídas tem por objetivo valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, por isso seu tema permanente é “Vida em Primeiro Lugar!”. E, como lema a pergunta: “Você tem fome e sede de quê? ”, em consonância com a Campanha da Fraternidade 2023.
Este ano, o Grito dos Excluídos e Excluídas convida todas e todos à reflexão e ação em busca de alternativas para os enormes problemas que o povo enfrenta com a questão da fome e da água.
“Convidamos a todos e a todas que possam motivar as nossas comunidades a fazermos esse momento de reflexão, esse momento de aprofundamento da luta pela vida e vida com dignidade”, reforça dom José Valdeci, bispo da Diocese de Brejo (MA), referencial para as pastorais sociais no Regional Nordeste 5, e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da CNBB.
O ponto alto desta mobilização nacional acontece no dia 7 de setembro, com atos públicos, caminhadas e mobilizações populares, como forma de chamar atenção para as transformações que o país precisa para ser de fato independente e garantir vida digna para todas as pessoas, com justiça social, acesso a direitos fundamentais, equilíbrio econômico e desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Programação no Regional Nordeste 5
No Regional Nordeste 5, a articulação das Pastorais Sociais, CEBs e organismos unem forças para promover diversas atividades, com programação que se já inicia no dia 05 de setembro na Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Confira a seguir as principais atividades pelas dioceses do Maranhão:
Dia 5: Caminhada saindo da Praça Deodoro, com concentração a partir das 15h, seguindo pela Rua Grande, com duas paradas, a primeira, em frente a Fribal e a segunda, em frente à loja Marisa, finalizando em frente à Prefeitura de São Luís.
Dia 9: Missa em Ação de Graças pelo 29º Grito dos Excluídos, às 17h, na Igreja Matriz da Paróquia Santa Clara de Assis, bairro Santa Clara, com celebração presidida por dom Gilberto Pastana, arcebispo de São Luís do Maranhão.
Diocese de Brejo
Dia 7: Concentração na praça Santo Antônio, às 06h. Em seguida, caminhada pelas ruas em direção à Catedral, finalizando com a Santa Missa.
Dia 07: Concentração às 07h, na comunidade Nossa Senhora Aparecida, bairro Mutirão; passando pelas paróquias: Menino Jesus de Praga, Santos Apóstolos Pedro e Paulo, São Francisco, Santo Antônio e, finalizando na Paróquia São José, bairro São Benedito.
Entenda
A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu em uma reunião de avalição do processo da 2ª Semana Social Brasileia, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu nos anos de 1993 e 1994. Surgiu como forma de dar continuidade e concretizar os debates e o tema da semana “Brasil, alternativas e protagonistas”, ou “O Brasil que a gente quer”. Assim como, inspirada no lema da Campanha da Fraternidade de 95, que tinha por tema “Fraternidade e Excluídos” e lema: “Eras tu, Senhor?”.
Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro para a realização do Grito estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência, proclamado por um príncipe, em 1822. Nesse sentido, desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas tem como objetivo levar às ruas e praças, os gritos ocultos e sufocados, silenciosos e silenciados, que emergem dos campos, porões e periferias da sociedade. Trata-se de revelar, à luz do dia e diante da opinião pública, as dores e sofrimentos que governos e autoridades tendem a varrer para debaixo do tapete. Trazer à superfície os males e correntes profundas que atormentam o dia-a-dia da população de baixa renda.
O primeiro Grito dos Excluídos e Excluídas foi realizado em 7 de setembro de 1995, tendo como lema “A vida em primeiro lugar”, e ecoou em 170 localidades. Em Aparecida/SP, aconteceu junto com a Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadores, parceria que continua até hoje.
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