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Secom

Comunidade tradicional Baixão dos Rocha constrói 11 casas com ajuda da CNBB



O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido dias 21 e 22 de março de 2023, após ouvir o relato do bispo de Brejo (MA) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, dom José Valdeci Santos Mendes, sobre a situação vivida pela comunidade tradicional Baixão dos Rocha, no município de São Benedito do Rio Preto (MA), diocese de Brejo (MA), aprovou o envio de 100 mil reais de auxílio emergencial para apoiar as famílias.


Na reunião, o presidente da Comissão Sociotransformadora da CNBB explicou que o conflito entre camponeses e empresas que reivindicam as terras da comunidade tradicional foi intensificado nos últimos anos.


No dia 19 de março, homens armados incendiarem casas e expulsarem os moradores. Na madrugada de terça-feira, 21 de março, os moradores ouviram tiros e, em seguida, o barulho de tratores usados para derrubar as casas.


Em março, dom Valdeci lamentou a “truculência que está acontecendo nas comunidades” e leu uma nota preparada pela diocese de Brejo. No Baixão dos Rochas, vivem 57 famílias de agricultores familiares.


“As situações das famílias, sobretudo dos idosos, é delicada neste momento. Ontem passaram à noite enfrentando chuva, não conseguiram dormir e ainda não têm o apoio de segurança de forma integral, mas estão resistindo”, comentou à época o padre Francisco das Chagas Pereira, coordenador de pastoral da diocese de Brejo (MA).


A reconstrução das casas

Passados oito meses, o povo da comunidade do Baixão dos Rochas, situada a 240 quilômetros da capital maranhense São Luís, prestou contas à CNBB. Com a ajuda enviada, foram construídas, em forma de mutirão, onze casas, entre elas, três casas de farinha e um poço de captação de água. No último 23 de agosto, dom José Valdeci visitou a comunidade. Ele gravou um vídeo para expressar essa gratidão da comunidade e relatou que a comunidade já produziu a primeira farinhada como forma de geração de renda.



“A visita me deu grande alegria. Participamos de um almoço comunitário, visitamos às famílias e casas de farinha, presenciamos as crianças brincando e trabalhando junto com os pais, em tudo isso sentimos a presença de Deus e o Bem viver dos Povos, porém ainda falta muito. Foram demarcados 400 hectares de terra para a comunidade, mas ainda não receberam o documento da posse da terra”, relatou dom José.


As lideranças locais afirmam que os órgãos públicos fazem muito barulho, mas as ações são mínimas e pouco efetivas e reconhecem que a Igreja Católica tem sido uma importante aliada nesta reconstrução de suas vidas. O presidente da Comissão Sociotransformadora da CNBB disse que além da reconstrução das casas, a diocese continua acompanhando as questões jurídicas e as respostas aos vários encaminhamentos de compromissos assumidos pelo poder público, ainda não cumpridos.


Confira o agradecimento de dom José Valdeci:




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