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CNBB manifesta solidariedade a familiares dos jovens que morreram em Paraisópolis

Atualizado: 6 de dez. de 2019


O bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado, e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou carta a Dom Luiz Antônio Guedes, bispo de Campo Limpo (SP), e a dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do Regional Sul 1, em razão dos tristes acontecimentos em Paraisópolis, na capital paulista, que resultou na morte de nove adolescentes e jovens na madrugada de 1º de dezembro.


Na mensagem, o secretário-geral da CNBB manifesta, de modo especial, solidariedade aos diretamente envolvidos na tragédia. Dom Joel afirma ser dever da Igreja e dos cristãos, diante da indiferença e da morte, proclamar o irrenunciável valor da vida. Afirma ainda que toda pessoa possui o inalienável direito à vida, o qual ninguém tem o poder de exterminar. Confira a íntegra da mensagem de expressão de solidariedade do secretário-geral da CNBB aqui:


Os Bispos do Regional Sul 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também manifestaram lamento pelos atos violentos que resultaram nesta tragédia em Paraisópolis. Confira abaixo:

“Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate” (Is 2,4).


Nós, Bispos do Regional Sul 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), diante da triste e assustadora notícia da grave ocorrência em Paraisópolis, na Cidade de São Paulo, na madrugada deste 1° de dezembro, em que nove jovens perderam suas vidas e vários outros foram feridos, queremos manifestar nosso lamento pelos atos violentos que resultaram nesta tragédia.


Tendo em nossos corações os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, repudiamos toda forma de violência, manifestação de ódio e desrespeito à vida.


De modo particular, expressamos a fraternal solidariedade da Igreja Católica às famílias atingidas por este grave golpe mortal e sangrento, que dilacerou seus corações. Reafirmamos nossa opção preferencial pela juventude fazendo ecoar, nesta lamentável circunstância, o grito de milhões de jovens excluídos do direito à educação, ao trabalho, ao lazer e acesso aos bens culturais deste País.


Nas periferias dilaceradas pela ausência de recursos materiais e políticas públicas indispensáveis ao bem-estar, fraternidade e sociabilidade, em que se partilhe a vida com alegria e segurança, compreendemos que nossos jovens pobres e carentes procurem, a seu modo e como podem, oportunidades de lazer e encontro. Cumpre a todas as pessoas de boa vontade e senso ético, particularmente nas instâncias políticas responsáveis pelos aparatos de segurança do Estado, propiciar a todos, principalmente à população mais vulnerável, oportunidades e projetos eficazes que visem à superação da violência e das desigualdades econômicas e sociais. Não é ético nem patriótico que os recursos humanos e materiais sejam instrumentalizados para ferir e eliminar a vida e a dignidade de cada ser humano.


A Igreja católica reafirma seu propósito e compromisso com a evangelização da juventude, na convicção que, providos dos mais nobres sentimentos e valores familiares, culturais, religiosos e humanos, os jovens trilharão caminhos de justiça e cidadania, livres das circunstâncias que conduzem à violência e à morte.

Que a mensagem de amor e a paz, celebrada no Natal que se aproxima, seja o horizonte de esperança nos caminhos da juventude e da sociedade brasileira. E que Jesus Cristo renasça em nossos corações.


Dom Pedro Luiz Stringhini Presidente


Dom Edmilson Amador Caetano Vice-presidente


Dom Luiz Carlos Dias Secretário 


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