59ª AG 2022: confira o resumo das pautas do segundo dia de Assembleia

O episcopado brasileiro reunido no segundo dia da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece até 29 de abril, em modalidade virtual, abordou sobre o novo estatuto da entidade. Os bispos iniciaram uma avaliação do texto-mártir, a fim de aprimorá-lo.
No período da manhã, o episcopado também iniciou a elaboração de uma mensagem a ser divulgada, como de costume, ao povo brasileiro. Informes da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé estão previstos.
Estatuto da CNBB
Na manhã dessa terça-feira, segundo dia da primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da CNBB, os bispos dedicaram uma hora da pauta para dialogar sobre o “Novo Estatuto da CNBB”. Um processo de revisão do Estatuto e Regimento da CNBB de 2002, iniciado em 2017.
O processo é conduzido por uma Comissão de Redação, formada pelo arcebispo de Ribeirão Preto (SP), dom Moacir Silva; pelo bispo auxiliar de Brasília (DF), dom José Aparecido Gonçalves de Almeida; e pelos padres Ewerton Fernandes Moraes, Tarcísio Pedro Vieira, Alberto Montealegre e Valdir Manoel dos Santos.
Durante a sessão desta manhã, dom Moacir Silva conduziu o assunto retomando o caminho de revisão estatutária percorrido até o momento. Ele afirmou que, desde 2018, a Comissão de Redação está trabalhando sobre o texto, a partir do que foi pedido pela Santa Sé.

“Constatamos que a proposta dessa redação do Estatuto tem uma continuidade e também traz algumas novidades importantes. O estatuto está com um espírito sinodal de comunhão e participação”, destacou o bispo da diocese de Coroatá (MA) e presidente do Regional Nordeste 5, dom Sebastião Bandeira Coelho.
Avaliação do Estudo Nº 114
Na segunda sessão da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde da segunda-feira, (25), o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, dom José Antônio Peruzzo, apresentou a publicação Estudo nº 114 da CNBB cujo título é: “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14): Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias”, aprovado pela 58ª AG da CNBB.
O arcebispo de Curitiba ressaltou que muitos dos desafios apontados para a ação da Igreja no Brasil seriam superados caso fosse priorizado, com mais força, a organização das comunidades eclesiais missionárias tendo como centro a vivência bíblica.
O Estudo de número 114 da CNBB é o resultado do esforço de uma comissão de bispos e assessores, cujo trabalho se inseriu em uma ampla escuta de catequistas, biblistas, pastoralistas e comissões pastorais em âmbito nacional, no anseio de estimular a Animação Bíblica da Pastoral e incentivar todas as forças evangelizadoras para que a Palavra de Deus esteja ainda mais na vida das pessoas, nutrindo-as e fortalecendo-as no anúncio do Reino.
Proteção da criança e do adolescente
O bispo de Joinville (SC), presidente do regional Sul 4 da CNBB e da Comissão Especial para a Proteção da Criança e do Adolescente, dom Francisco Carlos Bach, apresentou nesta tarde, durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB, realizada de forma virtual, o trabalho da Comissão Especial para a Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB.
A atual composição da Comissão especial para a proteção da criança e do adolescente da CNBB foi nomeada no final de 2021 e tem como objetivo ajudar a Igreja do Brasil a efetivar o pedido do Papa e tem parceria com o Núcleo Lux Mundi.
Segundo dom Francisco, “o Núcleo Lux Mundi é o braço executivo da Comissão. Cabe ao Núcleo auxiliar as Igrejas particulares e Institutos de Vida Consagrada na aplicação de políticas para prevenção e encaminhamentos relacionados aos casos de abusos sexuais na Igreja. O Núcleo Lux Mundi é o braço executivo da Comissão”.
Projeto comunhão e partilha e os bispos eméritos
Na tarde deste segundo dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB, entre os assuntos em pauta, os bispos acompanharam a prestação de contas do Projeto Comunhão e Partilha e e a comunicação da Comissão para os Bispos Eméritos. O projeto que auxilia a manutenção dos estudos de seminaristas de várias partes do Brasil investiu mais de R$ 270 mil em 2021, atendendo a 279 seminaristas de 37 dioceses. Já os bispos eméritos, pontuam sua realidade no contexto da pandemia e iluminam as consciências com exortações do Papa Francisco sobre as pessoas idosas.
3ª Edição do Missal Romano

A tradução da terceira edição típica do Missal Romano para o português foi um dos temas da entrevista coletiva deste segundo dia da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, dom Edmar Peron, falou aos jornalistas sobre o trabalho da Comissão para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) para oferecer à Igreja no Brasil a versão em Português da última edição do “livro que garante a unidade entre o que a Igreja celebra e crê”. A tarefa da Cetel, segundo o bispo, conta com uma dupla fidelidade na tradução: “ao latim e à língua portuguesa”.
“O Missal garante a unidade porque o celebrar é justamente expressar a fé que nós meditamos continuamente. Ele é o livro que, favorecendo a boa celebração, também favorece a participação ativa, consciente e frutuosa das pessoas”, disse dom Edmar aos jornalistas.
De acordo com o bispo, a terceira edição do Missal Romano tem como referência São João Paulo II, que, ainda como Papa, reuniu o conteúdo que havia sido publicado e determinado desde o pontificado de Paulo VI e o enviou para todas as conferências episcopais, com o objetivo de que fossem traduzidas para as próprias línguas.
Saúde dos bispos e padres no Brasil
“Um cuidando do outro e todos cuidando de todos”. A frase carrega a síntese do tema apresentado pelo bispo de Novo Hamburgo (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Francisco Salm, na segunda Coletiva de Imprensa da 59ª Assembleia Geral, na tarde desta terça-feira, 26 de abril.
O bispo apresentou o processo de elaboração da pesquisa sobre a saúde dos bispos e padres no Brasil. O prelado iniciou sua exposição explicando o contexto que levou a Comissão ao desenvolvimento da iniciativa: “Vivemos tempos muito exigentes. Todos nós, homens e mulheres de todas as idades, também o padre e o bispo. Somos de carne e osso e sentimos o que todo mundo sente: dores, cansaços, dúvidas e medos”, apontou.
Com informações da Equipe de Comunicação da 59ª Assembleia Geral da CNBB.
Maranhão
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